Flexibilidade na Hipertrofia: qual sua influência no treino de força?
Muitos alunos e atletas me perguntam sobre a Influência da flexibilidade na hipertrofia muscular.
Será que isso ocorre?
A flexibilidade interfere no treinamento de hipetrofia muscular?
Saindo do forno mais um paper sobre alogamento e treino com característica de hipertrofia muscular.
Quero trazer pra vocês hoje um artigo que fizemos sobre quanto o alongamento estático influencia no treino de hipertrofia muscular.
A realização do treinamento de força e flexibilidade é frequentemente aplicada sequencialmente em diferentes populações com objetivos estéticos, recreacionais, terapêuticos e atléticos1-3.
Entretanto, a combinação entre o treinamento de força e flexibilidade (especificamente a realização do método de alongamento estático) pode ser considerada concorrente devido à redução de forma aguda na produção de força.
Desta forma, a aplicação de protocolos de alongamento estático tem demonstrado afetar o sistema neuromuscular, alterando as respostas do tecido biológico em atividades dependentes de força, potência e controle postural.
Os efeitos negativos no desempenho físico têm sido relacionados às alterações mecânicas e neurofisiológicas como a relação força-comprimento dos músculos envolvidos e consequentemente o torque articular produzido (relação torque-ângulo articular).
Quando falamos de flexibilidade na hipertrofia, apesar da evidente influência aguda dos protocolos de alongamento estático no desempenho de tarefas força-dependentes, é sabido que seus maiores efeitos deletérios ocorrem imediatamente após sua aplicação e são dissipados ao longo do tempo.
Desta forma, a redução de desempenho observada em tarefas de potência (ex. saltos) ou tarefas de forca máxima (ex. 1RM) não é claramente observada quando repetições com sobrecarga submáxima (ex. 10RM) são realizadas até falha concêntrica.
Entendendo o objetivo da influência da flexibilidade na hipertrofia
O objetivo do experimento foi verificar o efeito agudo do alongamento estático na máxima amplitude de movimento passiva (ADMP) e no volume absoluto por exercício (VAE) e por total de séries (VAS) em uma sessão de treinamento de força para o peitoral maior (PM) e deltoide anterior (DA).
A amostra foi composta por 11 homens, todos treinados em força e com experiência nos exercícios (pecdeck, crossover e crucifixo com halteres).
Os experimentos foram realizados no laboratório em três sessões:
Sessão 1
Foram coletados os dados pessoais, antropométricos e foi realizado o teste de 10RM para os três exercícios (pecdeck, crossover e crucifixo com halteres), separadamente.
Sessões 2 e 3
Realização das condições experimentais sessão de forma aleatória.
Os sujeitos realizaram a sessão de treinamento de força para o PM e DA com 5 séries de 10RM e intervalo de 1-min para os exercícios pecdeck, crossover e crucifixo com halteres com alongamento (COM-A) e sem alongamento passivo (SEM-A).
O protocolo de alongamento foi composto por 6 séries de 45” e 15” de intervalo a 70-90% da percepção subjetiva de desconforto visando os adutores horizontais do ombro.
Resultados obtidos sobre a influência da flexibilidade na hipertrofia
Os resultados indicam que para a ADMP, ambas as condições (COM-A e SEM-A) apresentaram redução entre os momentos pré-sessão vs. pós-sessão (P<0,01).
O VOLUME ABSOLUTO NÃO apresentou diferenças entre exercícios ou condições (P=0,184).
CONCLUSÃO
Conclui-se que a o alongamento estático não influencia o volume absoluto da sessão de treinamento para o peitoral maior e deltoide anterior, entretanto aumenta a máxima amplitude de movimento.
Link para o artigo completo no site da revista brasileira de ciência e movimento – livre acesso!
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